Sabe, eu tive um sonho, foi um sonho estranho, pois nele eu via você, sorria com você, corria com você, mas não podia tocar em você... Em um momento real eu te via sem cor, com expressão de dor, sem nenhuma esperança, mais me olhava com o mesmo amor... E foi muito difícil ter ver sumindo aos poucos numa nevoa cinza que envolvia nossos corpos ... Eu tento todos os dias lembrar tudo de bom que vivemos, dos planos que fizemos, dos sonhos compartilhados, das loucuras, descobertas, desejos, defesas, amores, brigas, sorrisos, lágrimas... Tudo fazia parte de uma vida eterna que acreditamos ter... E de repente um fio quebra, e toda a força da teia parece romper, e os outros fios enfraquecerem... As ligações caírem e outras estremecerem... E em meio a uma crise de tristeza, de extrema dor, eu grito pras paredes do meu quarto, eu grito todas as minhas dúvidas... Onde está a eternidade? Onde está a cura? Aonde vai ficar todos os planos e sonhos? E nada valeu a pena? E a justiça, cadê? E porque justamente com você? Eu não escuto nenhuma resposta, eu não tenho mais ninguém pra me consolar, só me resta a frieza das paredes, só elas me fazem companhia agora, só elas são espectadoras da minha dor... A tua dor é a minha mesma dor, eu posso sentir cada medo seu, cada soluço, cada arrependimento, cada gota de esperança que teima em se perder em forma de lágrima... E a tua ausência chega a virar uma presença constante, e o teu silêncio é cada vez, mas sufocante, o teu sorriso vira cena de filme antigo... E a trilha sonora disso tudo é uma música que possui apenas duas notas... E eu me sinto cada vez mais impotente isso é frustrante... E eu pensei ter escutado mais uma vez o teu sorriso, mais era apenas uma gravação... A nostalgia toma conta de mim...
Se eu te dissesse que eu vi a cor da esperança, você acreditaria? Ela tem a cor dos teus olhos, os teus lindos olhos que você me deste um dia... Eu pedi pra Deus, voltar os ponteiros desse relógio, voltasse ao tempo em que nada disso tudo existia... Eu procurei um calendário antigo, dos velhos tempos, mais só achei poeira...Ei mundo não vira as costas... Ei vida, não o tira de mim... Ei vento, sopra vida nos olhos dele e faz o coração não parar de bater... Ei ar, impulsiona os pulmões dele, até ele voltar a respirar... Ei fogo, esquenta o corpo dele que está cada vez mais frio, esquenta meu coração que gelou... E da ausência de medo, me resta o lugar vazio das emoções, agora preenchido por esperança, que por amor me faz crer, que nem morte e nem vida são capazes de me separar de você.
O nosso ”pra sempre” não será apenas uma promessa dentro de um livro fechado...
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texto maais lindo que já li (:
jajá meu gordo chega pra cuidar de mim, ainda estou doente:S
beijo, e um ótimo feriado! :D
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