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eu sempre pensei que o final do ensino médio fosse o auge da felicidade de qualquer um. saber que conseguiu terminar o colégio, avistar no horizonte as oportunidades de emprego, mudanças estão se apontando no horizonte. vida nova! esperei com tanto entusiamo esse dia chegar que está sendo frustrante descobrir que nada muda. os problemas continuam todos ali; se não são os velhos, surgem novos, mais enigmáticos e difíceis de resolver. ou então tudo é marasmo, não há nada de complexo a ser feito, apenas a mesma ladainha de sempre, as mesmas decisões tolas, os problemas banais de resolução medular. adoraria saber o que será de mim daqui a 1 semestre. serei então feliz? esperei a minha vida inteira por esse momento. eu sabia que ele chegaria, mas agora que está chegando, o que fazer com todas as conquistas? comemorar pra quê? ao acordar, abro os olhos e vejo a claridade passar pela persiana. é a casa dos meus pais. sinto uma pontadinha no peito e uma saudade dos acordares para ir as aulas pela manhã. as conquistas profissionais já me pareceram mais instigantes; hoje sinto uma vontade imensa de dividir esses acontecimentos com alguém, mas ninguém me faz sentir o que eu sinto por ele. às vezes chego a pensar que simplesmente estou passando por um transtorno de ajustamento prolongado, e que o que eu sinto não é amor, é apenas mais uma das minhas fases depressivas. estaria buscando na imagem dele, a culpa para a dor. eu crio teorias e mais teorias que não fazem a dor passar... escrever me faz entender o que acontece, o que eu sinto. talvez eu não queira entender.
ESTOU FRUSTRADA.
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